A mais de um mês, nós alunos do Ifes – Vitória, apresentamos um trabalho Sobre HPV para Professora Manuella, esse trabalho visava comparar o conhecimento a respeito do HPV entre as populações universitárias masculinas e femininas.

Os resultados sobre a pesquisa estão contidos no banner da imagem, para melhor visualização: http://matheuseandressav03.files.wordpress.com/2011/06/clique-aqui1.pdf

Reino Plantae

Reino Plantae

O Reino Plantae, como o nome sugere, abriga as plantas: organismos eucariontes, multicelulares e autotróficos fotossintetizantes. Além disso, em seu ciclo reprodutivo, apresentam alternância de gerações. Na Biologia, a ciência responsável pelo estudo deste grupo é denominada Botânica.

As plantas, juntamente com outros seres fotossintetizantes, são produtoras de matéria orgânica que nutre a maioria dos seres vivos da Terra, atuando na base das cadeias alimentares. Ao fornecer o gás oxigênio ao ambiente, as plantas também contribuem para a manutenção da vida dos seres que, assim como elas próprias, utilizam esse gás na respiração. As plantas conquistaram quase todos os ambientes da superfície da Terra.

Segundo a hipótese mais aceita, elas evoluíram a partir de ancestrais protistas. Provavelmente, esses ancestrais seriam tipos de algas pertencentes ao grupo dos protistas que se desenvolveram na água. Foram observadas semelhanças entre alguns tipos de clorofila que existem tanto nas algas verdes como nas plantas.

Há cerca de 500 milhões de anos, as plantas iniciaram a ocupação do ambiente terrestre. Este ambiente oferece às plantas vantagens como: maior facilidade na captação da luz, já que ela não chega às grandes profundidades da água, e facilidade da troca de gases, devido à maior concentração de gás carbônico e gás oxigênio na atmosfera. Esses fatores são importantes no processo da respiração e da fotossíntese.

Ao compararmos o ambiente terrestre com o ambiente aquático, verificamos que no terrestre a quantidade de água sob a forma líquida é bem menor e também que a maior parte dela está acumulada no interior do solo.

Como, então, as plantas sobrevivem no ambiente terrestre? Isso é possível porque elas apresentam adaptações que lhes possibilitam desenvolver no ambiente terrestre e ocupá-lo eficientemente. As plantas adaptadas ao ambiente terrestre apresentam, por exemplo, estruturas que permitem a absorção de água presente no solo e outras estruturas que impedem a perda excessiva de água.

Alguns grupos de plantas continuaram sobrevivendo em ambiente aquático.

Classificação:

Em geral, os cientistas consideram como critérios importantes:

  • A característica da planta ser vascular ou avascular, isto é, a presença ou não de vasos condutores de água e sais minerais (seiva bruta) e matéria orgânica (a seiva elaborada);
  • Ter ou não estruturas reprodutoras (semente, fruto e flor) ou ausência delas.

Assim temos os grupos:

  • Criptógama (Pteridófitas) palavra composta por cripto, que significa escondido, e gama, cujo significado está relacionado a gameta (estrutura reprodutiva). Esta palavra significa, portanto, “planta que tem estrutura reprodutiva escondida”. Ou seja, sem semente.
  • Fanerógama (Briófitas): palavra composta por fanero, que significa visível, e por gama, relativo a gameta. Esta palavra significa, portanto, “planta que tem a estrutura reprodutiva visível”. São plantas que possuem semente.
  • Gimnosperma: palavra composta por gimmno, que significa descoberta, e sperma, semente. Esta palavra significa, portanto, “planta com semente a descoberto” ou “semente nua”.
  • Angiosperma: palavra composta por angion, que significa vaso (que neste caso é o fruto) e sperma, semente. A palavra significa, “planta com semente guardada no interior do fruto”.

Briófitas:

  • Características gerais:

Briófitas (do grego bryon: ‘musgo’; e phyton: ‘planta’)

– Não possuem sistema de condução de seivas (o transporte dentro da planta é feito por difusão célula a célula);
– Apresentam rizóides, caulóide e filóides (órgãos não verdadeiros).
– Transporte lento;
– O tamanho da planta é reduzido;
– Alta dependência da água (ambientes úmidos).

– Primeiro grupo de plantas terrestres. Conquista ocorreu aproximadamente a 430 milhões de anos (Período Devoniano, Era Paleozóica).
– Origem provável a partir de algas verdes.

  • Principais grupos:

Musgos e hepáticas são os principais representantes das briófitas. O nome hepática vem do grego hepathos, que significa ‘fígado’; essas plantas são assim chamadas porque o corpo delas lembra a forma de um fígado.

Os musgos são plantas eretas; as hepáticas crescem “deitadas” no solo. Algumas briófitas vivem em água doce, mas não se conhece nenhuma espécie marinha.

O corpo do musgo é formado basicamente de três partes ou estruturas:

  • Rizóides – filamentos que fixam a planta no ambiente em que ela vive e absorvem a água e os sais minerais disponíveis nesse ambiente;
  • Caulóide – pequena haste de onde partem os filóides;
  • Filóides – estruturas clorofiladas e capazes de fazer fotossíntese.

Essas estruturas são chamadas de rizóides, caulóides e filóides porque não têm a mesma organização de raízes, caules e folhas dos demais grupos de plantas (a partir das pteridófitas). Faltam-lhes, por exemplo, vasos condutores especializados no transporte de nutrientes, como a água. Na organização das raízes, caules e folhas verdadeiras verificam-se a presença de vasos condutores de nutrientes.

Devido à ausência de vasos condutores de nutrientes, a água absorvida do ambiente é transportada nessas plantas de célula para célula, ao longo do corpo do vegetal. Esse tipo de transporte é relativamente lento e limita o desenvolvimento de plantas de grande porte. Assim, as briófitas são sempre pequenas, baixas.

Se uma planta terrestre de grande porte não possuísse vasos condutores, a água demoraria muito para chegar até as folhas. Nesse caso, especialmente nos dias quentes – quando as folhas geralmente transpiram muito e perdem grande quantidade de água para o meio ambiente -, elas ficariam desidratadas (secariam) e a planta morreria. Assim, toda a planta alta possui vasos condutores.

  • Reprodução:

Os musgos verdes que vemos num solo úmido, por exemplo, são plantas sexuadas que representam a fase chamada gametófito, isto é, a fase produtora de gametas.

Nas briófitas, os gametófitos em geral têm sexos separados. Em certas épocas, os gametófitos produzem uma pequena estrutura, geralmente na região apical – onde terminam os filóides. Ali os gametas são produzidos. Os gametófitos masculinos produzem gametas móveis, com flagelos: os anterozóides. Já os gametófitos femininos produzem gametas imóveis, chamados oosferas. Uma vez produzidos na planta masculina, os anterozóides podem ser levados até uma planta feminina com pingos de água da chuva que caem e respingam.

Na planta feminina, os anterozóides nadam em direção à oosfera; da união entre um anterozóide e uma oosfera surge o zigoto, que se desenvolve e forma um embrião sobre a planta feminina. Em seguida, o embrião se desenvolve e origina uma fase assexuada chamada esporófito, isto é, a fase produtora de esporos.

No esporófito possui uma haste e uma cápsula. No interior da cápsula formam-se os esporos. Quando maduros, os esporos são liberados e podem germinar no solo úmido. Cada esporo, então, pode se desenvolver e originar um novo musgo verde – a fase sexuada chamada gametófito.

As briófitas dependem da água para a reprodução, pois os anterozóides precisam dela para se deslocar e alcançar a oosfera.

O musgo verde, clorofilado, constitui a fase denominada gametófito, considerada duradoura porque o musgo se mantém vivo após a produção de gametas. Já a fase denominada esporófito não tem clorofila; ela é nutrida pela planta feminina sobre a qual cresce. O esporófito é considerado uma fase passageira porque morre logo após produzir esporos.

Pteridófitas:

  • Características gerais:

A palavra pteridófita vem do grego pteridon, que significa ‘feto’; mais phyton, ‘planta’. Observe como as folhas em brotamento apresentam uma forma que lembra a posição de um feto humano no útero materno. Antes da invenção das esponjas de aço e de outros produtos, pteridófitas como a “cavalinha”, cujo aspecto lembra a cauda de um cavalo e tem folhas muito ásperas, foram muito utilizadas como instrumento de limpeza.

As pteridófitas são plantas vasculares ou traqueófitas com vasos condutores do tipo xilema ou lenho e floema ou líber (Ao longo da história evolutiva da Terra, as pteridófitas foram os primeiros vegetais a apresentar um sistema de vasos condutores de nutrientes, Isso possibilitou um transporte mais rápido de água pelo corpo vegetal e favoreceu o surgimento de plantas de porte elevado. Além disso, os vasos condutores representam uma das aquisições que contribuíram para a adaptação dessas plantas a ambientes terrestres).

Apresentam o corpo na forma de cormo, isto é, com raiz, caule e folhas verdadeiros. O caule das atuais pteridófitas é em geral subterrâneo, com desenvolvimento horizontal. Mas, em algumas pteridófitas, como os xaxins, o caule é aéreo. Em geral, cada folha dessas plantas divide-se em muitas partes menores chamadas folíolos. A maioria das pteridófitas é terrestre e, como as briófitas, vivem preferencialmente em locais úmidos e sombreados.

Como as briófitas, apresentam um ciclo de vida com alternância de gerações da fase gametofítica(G) com a fase esporofítica(E), sendo esta última a fase predominante no ciclo de vida. E > G.

  • Principais grupos:

Samambaias, avencas, xaxins e cavalinhas são alguns dos exemplos mais conhecidos de plantas do grupo das pteridófitas.

  • Reprodução:

Da mesma maneira que as briófitas, as pteridófitas se reproduzem num ciclo que apresenta uma fase sexuada e outra assexuada.

A samambaia é uma planta assexuada produtora de esporos. Por isso, ela representa a fase chamada esporófito

Em certas épocas, na superfície inferior das folhas das samambaias formam-se pontinhos escuros chamados soros. O surgimento dos soros indica que as samambaias estão em época de reprodução – em cada soro são produzidos inúmeros esporos.

Quando os esporos amadurecem, os soros se abrem. Então os esporos caem no solo úmido; cada esporo pode germinar e originar um prótalo. O prótalo é uma planta sexuada, produtora de gametas; por isso, ele representa a fase chamada de gametófito.

O prótalo das samambaias contém estruturas onde se formam anterozóides e oosferas. No interior do prótalo existe água em quantidade suficiente para que o anterozóide se desloque em meio líquido e “nade” em direção à oosfera, fecundado-a. Surge então o zigoto, que se desenvolve e forma o embrião.

O embrião, por sua vez, se desenvolve e forma uma nova samambaia, isto é, um novo esporófito. Quando adulta, as samambaias formam soros, iniciando novo ciclo de reprodução.

Como você pode perceber, tanto as briófitas como as pteridófitas dependem da água para a fecundação. Mas nas briófitas, o gametófito é a fase duradoura e os esporófitos, a fase passageira. Nas pteridófitas ocorre o contrário: o gametófito é passageiro – morre após a produção de gametas e a ocorrência da fecundação – e o esporófito é duradouro, pois se mantém vivo após a produção de esporos.

Gimnospermas

  • Características Gerais:

– Surgem as sementes nuas, isto é, não protegidas por fruto ( do grego, gymnos = nu). São produzidas em estruturas conhecidas como cones ou estróbilos, que para alguns correspondem às flores das gimnospermas, e dão o nome coníferas ao grupo formado pelos pinheiros.

– São plantas terrestres que vivem, preferencialmente, em ambientes de clima frio ou temperado, As gimnospermas possuem raízes, caule e folhas. Possuem também ramos reprodutivos com folhas modificadas chamadas estróbilos. Em muitas gimnospermas, como os pinheiros e as sequóias, os estróbilos são bem desenvolvidos e conhecidos como cones (o que lhes confere a classificação no grupo das coníferas).

  • Principais Grupos:

Nesse grupo incluem-se plantas como pinheiros, as sequóias e os ciprestes.

  • Reprodução das gimnospermas

Vamos usar o pinheiro-do-paraná (Araucária angustifólia) como modelo para explicar a reprodução das gimnospermas. Nessa planta os sexos são separados: a que possui estróbilos masculinos não possuem estróbilos femininos e vice-versa. Em outras gimnospermas, os dois tipos de estróbilos podem ocorrer numa mesma planta.

O estróbilo masculino produz pequenos esporos chamados grãos de pólen. O estróbilo feminino produz estruturas denominadas óvulos. No interior de um óvulo maduro surge um grande esporo.

Quando um estróbilo masculino se abre e libera grande quantidade de grãos de pólen, esses grãos se espalham no ambiente e podem ser levados pelo vento até o estróbilo feminino. Então, um grão de pólen pode formar uma espécie de tubo, o tubo polínico, onde se origina o núcleo espermático, que é o gameta masculino. O tubo polínico cresce até alcançar o óvulo, no qual introduz o núcleo espermático.

No interior do óvulo, o grande esporo que ele abriga se desenvolve e forma uma estrutura que guarda a oosfera, o gameta feminino. Uma vez no interior do óvulo, o núcleo espermático fecunda a oosfera, formando o zigoto.

Este, por sua vez, se desenvolve, originando um embrião. À medida que o embrião se forma, o óvulo se transforma em semente, estrutura que contém e protege o embrião.

Nos pinheiros, as sementes são chamadas pinhões. Uma vez formados os pinhões, o cone feminino passa a ser chamado pinha. Se espalhadas na natureza por algum agente disseminador, as sementes podem germinar. Ao germinar, cada semente origina uma nova planta.

A semente pode ser entendida como uma espécie de “fortaleza biológica”, que abriga e protege o embrião contra desidratação, calor, frio e ação de certos parasitas. Além disso, as sementes armazenam reservas nutritivas, que alimentam o embrião e garantem o seu desenvolvimento até que as primeiras folhas sejam formadas. A partir daí, a nova planta fabrica seu próprio alimento pela fotossíntese.

Angiospermas:

  • Características Gerais:

– O grupo das angiospermas (também chamado de antófitas, de anthós = flor) é o mais numeroso entre os vegetais da terra atual em termos de espécies. A característica mais marcante do grupo é a produção de frutos protegendo as sementes, sementes e frutos formados derivados de flores.

– Possuem três componentes principais: raízes (órgãos fixadores da árvore ao solo e absorvem água e sais minerais), tronco (constituído de inúmeros galhos, é o órgão aéreo responsável pela formação das folhas, efetuando também a ligação delas com as raízes) e folhas (são os órgãos onde ocorrerá a fotossíntese, ou seja, o processo em que se produzem os compostos orgânicos essenciais para a manutenção da vida da planta).

– Cada flor, que aparece periodicamente nos galhos, é um sistema de reprodução e é formada pela reunião de folhas modificadas presas ao receptáculo floral, que possui formato de um disco achatado. Por sua vez, o receptáculo floral fica no topo do pedúnculo floral, que é o “cabinho” da flor. No receptáculo há uma série de círculos concêntricos nos quais estão inseridas as peças florais. São quatro os tipos de folhas modificadas constituintes da flor: sépalas (protegem o botão floral), pétalas (atrai os agentes polinizadores, muitas vezes insetos), estames (cada estame possui aspecto de um palito, com uma haste, o filete, sustentando uma porção dilatada, a antera, o conjunto de estames forma o androceu considerado o componente masculino da flor, na antera são produzidos os grãos de pólen) e carpelos (é longo, notando-se no seu ápice uma ligeira dilatação, o estigma, continuando com um curto estilete, vindo a seguir o ovário, no interior do ovário existem os óvulos, o carpelo solitário é componente do gineceu, a parte feminina da flor).

  • Principais Grupos:

Monocotiledôneas: Alguns de seus representantes são – gramas, milho, arroz, trigo, centeio, aveia, cana-de-açúcar, alho, cebola, abacaxi.

Dicotiledôneas basais: Apresentam dois cotilédones. São as árvores, com exceção das coníferas, arbustos e plantas de pequeno porte.

Atualmente há também a classificação Eudicotiledôneas.

  • Reprodução:

Nas angiospermas, o processo reprodutivo pode ser dividido em três etapas:

•  Polinização

Consiste no transporte do grão de pólen até o estigma.
A polinização pode ocorre em função do vento, de insetos e pássaros.

•  Germinação do pólen                                       

Uma vez depositado sobre o estigma, o grão de pólen germina, isto é, emite um prolongamento-tubo polínico-que cresce através do estilete, que cresce em direção ao óvulo. Na frente do tubo, orientando o crescimento, situa-se o núcleo vegetativo; logo atrás encontra-se o núcleo reprodutivo. Antes de atingir o óvulo, o núcleo reprodutivo divide-se e origina dois núcleos espermáticos haplóides, considerados os gametas masculinos. Por isso, o tubo polínico constitui o gametófito masculino.

•  Fertilização

O tubo polínico penetra no óvulo pela micrópila e atinge o saco embrionário. A essa altura o núcleo vegetativo degenerou e os dois núcleos espermáticos (gametas masculinos) iniciam o processo de fertilização. Um núcleo espermático formará o zigoto ao se juntar com a oosfera, o outro se funde com os núcleos polares, formando um núcleo triplóide.

Após a fertilização, ocorre intenso desenvolvimento do óvulo, que origina a semente. Acompanhado o desenvolvimento do óvulo, o ovário também cresce e transforma-se no fruto. Então, normalmente com significativa participação do fruto, as sementes já podem ser propagadas e, em condições favoráveis, o embrião se desenvolve e organiza uma nova planta, fechando o ciclo reprodutivo.

Amebíase

BACTÉRIAS GRAM

Introdução:

O Método de GRAM

A técnica de Gram ou coloração de Gram é uma técnica de coloração de preparações histológicas para observação ao microscópio óptico, utilizada para corar diferencialmente microorganismos com base na composição química e integridade da sua parede celular. Foi descoberta pelo físico dinamarquês Hans Christian Gram em 1884. Este cientista obteve  com a coloração realizada uma melhor visualização das bactérias em amostras de material  infectado. Verificou, no entanto, que nem todas as bactérias coravam com este método o que o levou a sugerir a possibilidade de ser usado um contrastante. Gram morreu em 1935 sem ter conseguido que fosse  reconhecida a devida importância ao seu método de coloração. Atualmente, esta técnica é fundamental para a taxonomia e identificação das bactérias, sendo utilizada como técnica de rotina em laboratórios de bacteriologia.

Na técnica de Gram, colora-se bactérias com um corante violeta especial. A bactéria que assim obtiver uma cor roxa, será gram positiva e a que obtiver coloração rósea, gram negativa. A gram positiva ganha coloração roxa porque sua camada mais externa, a parede celular, formada por peptidoglicano, absorve a tinta. Já a gram negativa é rósea porque, apesar de também ter parede celular, esta fica abaixo de uma membrana adicional, parecida com a mebrana plasmática, típica deste grupo de bactérias, logo não ocorrendo absorção.

Procedimento:

  1. Em uma lâmina, contendo esfregaço seco, cubra-o pingando gotas de violeta-de-metila e deixe agir por 15 segundos;
  2. Adicione água ao esfregaço, em cima do violeta-de-metila, cobrindo toda a lâmina. Deixe agir por mais 45 segundos;
  3. Após o tempo corrido, escorra o corante e lave o esfregaço em um filete de água corrente.  Cubra a lâmina com lugol ou Iodo de Gram e deixe por 60 segundos;
  4. Escorra todo o lugol e lave em um filete de água corrente;
  5. Aplique álcool etílico a 95%, ou acetona, para descorar a lâmina por 10 a 20 segundos;
  6. Lave em um filete de água corrente;
  7. Cubra toda a lâmina com safarina e deixe corar por aproximadamente 30 segundos;
  8. Lave a lâmina em um filete de água;
  9. Seque a lâmina com auxílio de um papel de filtro limpo ou deixe-a secar ao ar livre;
  10. Aplique uma gota de óleo de imersão sobre o esfregaço e observe no microscópico com objetiva de imersão (100 X).

Resultado:

Quando as estruturas celulares são cobertas pelo corante violeta-

de-metila, todas se coram em roxo. Com a adição do mordente (Soluto de Lugol), ocorre à formação do complexo iodo-pararosanilina, que tem como propriedade fixar o corante primário nas estruturas coradas.

Algumas estruturas perdem a cor violeta rapidamente, quando ocorre a lavagem, com ácool etílico, enquanto outras perdem sua coloração mais devagar ou a perdem completamente. O corante safranina colore novamente as estruturas que foram descoradas.

As bactérias Gram-positivas, que têm a parede celular composta por mureína (peptídeoglicano – peptídeo de ácido n-acetil murâmico), durante o processo de descoloração com álcool etílico, retém o corante, permanecendo com a coloração conferida pelo corante primário (roxo).  Já as bactérias Gram-negativas com parede celular composta predominantemente por ácidos graxos (lipopolissacarídeos e lipoproteínas), perdem o complexo iodo-pararosanilina, são incapazes de reter o violeta de Genciana, assumindo a cor do corante de fundo (vermelha).

São as diferenças da estrutura da parede bacteriana, principalmente com relação à espessura da camada de peptidoglicano, que é responsável pelo diferente comportamento das bactérias diante da coloração de Gram.

Este critério de identificação auxilia, o tratamento a estes agentes etiológicos (as bactérias), visto que as Gram-negativas são mais tolerantes e as Gram-positivas são mais sensíveis a antibióticos (penicilina).

2.0. As diferenças entre bactérias GRAM Positivas e GRAM Negativas

A parede da célula da gram-negativa é constituída por estruturas de múltiplas camadas bastante complexas, que não retêm o corante quando submetidas a solventes nos quais o corante é solúvel, sendo descoloradas e, quando acrescentados outros corantes, adquirem a nova coloração. Já a parede da célula gram-positiva consiste de única camada que retém o corante aplicado, não adquirindo a coloração do segundo corante.
Nas bactérias gram-negativas, a parede celular está composta por uma camada de peptidioglicano e três outros componentes que a envolvem externamente: lipoproteína, membrana externa e lipopolissacarídeo.
Entretanto, as paredes celulares das bactérias gram-positivas e gram-negativas são diferentes. A parede celular da bactéria gram-positiva é espessa, de 10 a 50 mícron, chegando até a 80 mícrons e a da gram-negativa é menos espessa, com 7,5 a 10 mícrons. A membrana citoplasmática adere fortemente ao componente interno da célula bacteriana. A parede celular da bactéria gram-positiva é única e consiste de uma camada espessa, composta quase que completamente por peptidioglicano, responsável pela manutenção da célula e sua rigidez. As múltiplas camadas de peptidioglicano (15 a 50 mícrons) das bactérias gram-positivas constituem uma estrutura extremamente forte em tensão, enquanto nas gram-negativas o peptidioglicano é apenas uma camada espessa e, conseqüentemente, frágil.
Como fatores de ataque ou agressão, as células gram-positivas e gram-negativas caracterizam-se por graus diferentes de virulência. As bactérias gram-negativas são constituídas por uma endotoxina, o LPS, que lhes confere a propriedade de patogenicidade, enquanto nas bactérias gram-positivas a exotoxina, composta pelo ácido lipoteinóico, tem como característica principal a aderência.

Como característica específica da célula bacteriana, ao se comparar com a célula humana, observa-se a parede celular que, em conjunto com a membrana citoplasmática, forma o envelope celular das bactérias.
O envelope celular das bactérias gram-negativas quimicamente consiste de 20 a 25% de fosfolipídios e 45 a 50% de proteínas, sendo os 30% restantes de uma lipoproteína, o lipopolissacarídeo.

3.0. Microscopia óptica:

COCOS

DIPLOCOCOS

 

ESTAFILOCOCOS

ESTREPTOCOCOS

BACILOS GRAM POSITIVO

BACILOS GRAM NEGATIVO

DIPLOBACILOS

ESTREPTOBACILOS

Sífilis

1. O que é:

A Sífilis ou Cancro Duro como também é conhecida, é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum (agente etiológico). Pode ser transmitida por contato sexual, configurando-se assim como uma DST. Essa doença é dividida em estágios:

Sífilis Primaria: A sífilis primária (cancro sifilítico) manifesta-se após um período de incubação variável de 10 a 90 dias, com uma média de 21 dias após o contato.  Até este período inicial o indivíduo permanece  assintomático, quando aparece o chamado “cancro”. Ele aparece no local onde a infecção entrou no organismo, como vulva, pênis, vagina, cérvix, lábios, ânus ou outras partes do corpo. O diagnóstico no homem é muito mais fácil, pois a lesão no pênis chama a atenção, enquanto que a lesão na vagina pode ser interna e somente vista através de exame com um espéculo ginecológico. Esta lesão permanece por 4 a 6 semanas, desaparecendo espontaneamente. Nesta fase a pessoa infectada pode pensar erroneamente que está curada, mas se a infecção não for tratada ela evolui para o estágio secundário.

Sífilis Secundária: A sífilis secundária é a seqüência lógica da sífilis primária não tratada e é caracterizada por uma erupção cutânea que aparece de 1 a 6 meses (geralmente 6 a 8 semanas) após a lesão primária ter desaparecido. Esta erupção é vermelha rosácea e aparece no tronco e membros, e, ao contrário de outras doenças que cursam com erupções, como o sarampo, a rubéola e a catapora, as lesões atingem também as palmas das mãos e as solas dos pés. O paciente é muito contagioso nesta fase, os sintomas podem desaparecer sem tratamento, porém, se não for tratada, a infecção progredirá para o estágio latente.

Sífilis Latente: O estágio latente da sífilis começa quando os sintomas dos estágios primários e secundários desaparecem. O estágio latente da sífilis pode durar muitos anos. Durante esse tempo a infecção está no corpo embora não ocorram sinais nem sintomas dela. Sem tratamento a doença pode, em algumas pessoas, avançar para sífilis terciária.

Sífilis Terciária: A sífilis terciária acontece já um ano depois da infecção inicial, mas pode levar dez anos para se manifestar, e já foram informados casos onde esta fase aconteceu cinqüenta anos depois da infecção inicial.
Esta fase é caracterizada por formação de gomas sifilíticas, tumorações amolecidas vistas na pele e nas membranas mucosas, mas que podem acontecer em quase qualquer parte do corpo, inclusive no esqueleto.
Na sífilis terciária a doença pode danificar os órgãos do organismo, incluindo o cérebro, nervos, olhos, coração, vasos sanguíneos, fígado, ossos e articulações, causando até a morte do paciente.

2. Sífilis Congênita:

A bactéria da sífilis pode passar para o bebê através da placenta ou ser transmitida durante o parto, se isso ocorrer pode ocasionar aborto, parto de natimorto, morte do bebê logo após o nascimento, também eleva o risco de parto prematuro e de restrição do crescimento intra-uterino. Um bebê infectado pode nascer sem sinais da doença, mas poderá ter problemas sérios dentro de poucas semanas, desenvolvendo feridas na pele, febre, icterícia, anemia, inchaço no fígado ou baço, estes quando não tratados podem ter retardamento no seu desenvolvimento, sofrer convulsões ou morrer. Todas as mulheres na gravidez devem fazer teste para sífilis, e se for constadada serão tratadas imediatamente com penicilina e para mulheres alérgicas à penicilina não existe nenhum outro medicamento disponível ao tratamento porém os médicos tentam ajudar para que essa alergia fique menos sensível à penicilina e então ela possa ser usada (Penicilina prevenirá que a sífilis passe para o bebê).
A ação da penicilina é sobre a cápsula (membrana celular externa) de algumas bactérias. Ao se ligar a essa cápsula, impede a reprodução celular das mesmas.
Se a doença não for tratada, os bebês podem sofrer graves sequelas anos depois, como deficiência visual e auditiva, problemas ósseos e neurológicos. Por isso é importantíssimo que a doença seja diagnosticada e tratada durante a gravidez, para que o bebê receba atendimento o mais rápido possível.

3. Diagnóstico:

Antes do teste sorológico (sorologia de lues ou VDRL – acrônimo inglês para laboratório de investigação de doença venérea), o diagnóstico era difícil e a sífilis era confundida facilmente com outras doenças sexualmente transmissíveis. O VDRL baseia-se na detecção de anticorpos não treponemais.

4. Transmissão:

A sífilis pode ser passada de uma pessoa para outra por meio de relações sexuais desprotegidas (sem preservativos), através de transfusão de sangue contaminado (que hoje em dia é muito raro em razão do controle do sangue doado), e durante a gestação e o parto (de mãe infectada para o bebê).

5. Sintomas:

* Sífilis Primária: Aparecimento de um cancro duro, arredondado, pequeno e sem dor;

* Sífilis Secundária: Erupções cutâneas com pontos avermelhados tanto nas palmas das mãos quanto nas solas dos pés; feridas na garganta, boca ou cérvix; glândulas inchadas; garganta dolorida; perda de cabelo; dor de cabeça; dores musculares; perda de peso; cansaço;

* Sífilis Latente: Assintomática;

* Sífilis Terciária: Pode danificar os órgãos do organismo, incluindo o cérebro, nervos, olhos, coração, vasos sanguíneos, fígado, ossos e articulações. Esses danos podem ocasionar problemas nos nervos, paralisia, cegueira, demência, e outros problemas de saúde. Algumas pessoas podem até morrer.

6. Tratamento:

A sífilis é tratável e é importante iniciar o tratamento o mais cedo possível, porque com a progressão para a sífilis terciária, os danos causados poderão ser irreversíveis, principalmente no cérebro. O medicamento preferencial para tratamento da sífilis é a penicilina, a dose e duração do tratamento dependem do estágio da sífilis e seus sintomas, para pessoas com alergia à penicilina outros medicamentos podem funcionar durante o primeiro e segundo estágios da sífilis como as tetraciclinas por via oral, mas estes não podem ser usados durante a gravidez, como citado antes mulheres grávidas mesmo alérgicas usaram penicilina. Na sífilis avançada o tratamento visa prevenir mais prejuízos, porém os danos já feitos aos órgãos não podem ser revertidos. Tratamento não protege o paciente de contrair sífilis novamente, se exposta à bactéria, a pessoa contrairá sífilis novamente após ter sido curada.
Sem tratamento a sífilis pode ocasionar doença grave e até a morte. Ter sífilis também aumenta o risco da pessoa contrair vírus HIV, o causador da AIDS. As feridas abertas causadas pela sífilis podem tornar mais fácil que o HIV seja contraído durante contato sexual. A pessoa com sífilis tem 2 a 5 vezes mais chances de contrair o HIV caso seja exposta a esse vírus.

7. Profilaxia:

Não há perspectiva de desenvolvimento de vacina para breve, por isso, a prevenção recai sobre a educação em saúde para suspeita e diagnóstico precoce e tratamento, algumas medidas para diminuir o risco de contrair a sífilis incluem:

– Relacionamento sexual com um parceiro testado que não tenha a doença.

– Usar preservativos masculinos (camisinha), os quais podem diminuir o risco de contrair sífilis, embora eles possam não cobrir todas áreas de feridas provocadas pela doença.

– A mulher deve fazer exame pélvico anualmente que pode diagnosticar, além da sífilis outras doenças sexualmente transmissíveis.

Já a sífilis congênita previne-se quase que completamente injetando penicilina à mãe durante a gravidez. O tratamento pode causar uma reação grave (reacção de Yarisch-Herxheimer) na mãe e pode fazer com que o bebê nasça morto. Esta reação costuma ser ligeira nos recém-nascidos.

 

 

Gripe Suína.

Gripe Suína, Quem não temeu?

Como pode um vírus tão pequeno causar um estrago tão grande?

Pois é pra quem ainda não sabe O vírus da tão temida gripe suína pertence a famílha Influenza, esta gripe é nada mais nada menos do que um rearranjo dos vírus Influenza da Gripe Humana (Comum), da Gripe Aviária além de duas cepas de Influenza Suína.

Será que por essas doenças serem causadas por um vírus da mesma familha apresentam algo em comum? Os sintomas podem sim ser confundidos, Por isso:

Quadro Comparativo Gripe Comum x Gripe Suína, conheça as diferenças.

Os Grandes estragos causados por esta doença, número de mortes e casos confirmados, tudo isso e muito mais no blog de Leandro e Matheus:

http://leandromatheusbioifes.wordpress.com/

HPV

1. O que é:

O HPV (papiloma virus humano) é um vírus da grande família Papilomaviridae, onde já foram identificados mais de 120 diferentes tipos. Pode se instalar em qualquer região do corpo, bastando haver uma porta de entrada através de micro-traumas da pele ou mucosa. Já se detectou o vírus não só na região genital, mas também extragenital como olho, boca, faringe, vias respiratórias, ânus, reto e uretra. E ainda, sua presença foi encontrada no líquido amniótico (líquido que envolve o feto na vida intra-uterina). Após o contágio, ele pode permanecer “adormecido”, provocar o aparecimento de lesões parecidas com verrugas, ou induzir o desenvolvimento de câncer.                                                         O HPV é um vírus com DNA de dupla hélice, com aproximadamente 8.000 pares de bases nitrogenadas que codificam todas as funções do vírus. A partícula viral tem 55 nanômetros (nm) de diâmetro, sem envelope lipídico.

2. Transmissão:

A transmissão se dá por contato direto com a pele contaminada, mesmo quando não há lesões visíveis, principalmente através da relação sexual. A contaminação por toalhas, roupas íntimas, vasos sanitários ou banheiras é ainda questionável pelos médicos, mas não pode ser descartada.
Ter relações sexuais com um parceiro infectado pelo papilomavírus não significa que, obrigatoriamente, a infecção será transmitida. Estudos no mundo comprovam que 50% a 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas. Porém, a maioria das infecções é transitória, sendo combatida espontaneamente pelo sistema imune, principalmente entre as mulheres mais jovens. Qualquer pessoa infectada com HPV desenvolve anticorpos (que poderão ser detectados no organismo), mas nem sempre estes são suficientemente competentes para eliminar os vírus. “Se aquele que não tem o HPV estiver bem imunologicamente, é provável que não se contamine”.

2.1. De forma geral, o organismo pode reagir de três maneiras:

  • A maioria dos indivíduos (90%) consegue eliminar o vírus naturalmente em cerca de 18 meses, sem que ocorra nenhuma manisfetação clínica.
  • Em um pequeno número de casos, o vírus pode se multiplicar e então provocar o aparecimento de lesões, como as verrugas genitais (visíveis a olho nu) ou “lesões microscópicas” que só são visíveis através de aparelhos com lente de aumento. Tecnicamente, a lesão “microscópica” é chamada de lesão subclínica.
    Sabe-se que a verruga genital é altamente contagiosa e que a infecção subclínica tem menor poder de transmissão, porém esta particularidade ainda continua sendo muito estudada.
  • O vírus pode permanecer “adormecido” (latente) dentro da célula por vários anos, sem causar nenhuma manisfetação clínica e/ou subclínica. A diminuição da resistência do organismo pode desencadear a multiplicação do HPV e, consequentemente, provocar o aparecimento de lesões clínicas e/ou subclínicas.

A incubação, ou seja, o período necessário para surgirem as primeiras manifestações da infecção pelo HPV é de aproximadamente 2 a 8 meses, mas pode demorar até 20 anos. Assim, devido a esta ampla variabilidade para que apareça uma lesão, torna-se praticamente impossível determinar em que época e de que forma um indivíduo foi infectado pelo HPV.

3. Sintomas:

Geralmente a infecção pelo HPV não apresenta sintomas. O único sinal indicativo da infecção é a presença de verrugas, pápulas ou manchas, em algum lugar da pele e mucosa. Caso a verruga se localize na uretra, podemos ter hematúria e disúria; na boca podemos ter sangramento oral e a percepção da lesão pela língua; nos olhos, podem apresentar incômodo ao piscar e dependendo da localização, alterações visuais.

  • Nos homens: podem apresentar verrugas genitais assintomáticas, daí o fato de muitos homens conviverem com as verrugas por anos sem procurar um tipo de tratamento.

  • Nas mulheres: As principais vítimas do HPV são as mulheres. Nelas o vírus pode causar câncer do colo do útero.  A boa notícia é que apenas a minoria das mulheres infectadas pelo HPV desenvolve câncer neste local. A maioria das infecções por HPV transcorre sem sintomas e regride espontaneamente. Podem apresentar além das verrugas, infecções associadas que se expressam como corrimentos vaginais, e vulvovaginites.

4. Tratamento:

Uma vez detectado, e se está causando lesão específica, as células do local infectado pelo HPV, devem ser submetidas à métodos que podem ser divididos em químicos, quimioterápicos, imunoterápicos e cirúrgicos. O tratamento tem por objetivo reduzir ou eliminar as lesões causadas pela infecção o método utilizado depende de fatores como a idade da paciente, o tipo, a extensão e a localização das lesões.

  • Agentes Tópicos: São substâncias aplicadas sobre as lesões . Ex:  ácido tricloroacético, 5-fluorouracil, podofilina, podofilotoxina;
  • Imunoterapia: Consiste na utilização de substâncias que estimulam o sistema imunológico no combate à infecção. Ex: imiquimod , retinóides, interferon;
  • Cirúrgico: A remoção da lesão pode ser feita através de um processo cirúrgico. Ex: curetagem, excisão com tesoura, excisão por bisturi, conização com bisturi, excisão por cirurgia de alta freqüência, laserterapia;
  • Homeopatia: Apesar da utilização de Thuya occidentalis com índice referido de cura considerável, faltam estudos científicos para comprovação de sua eficácia.

Apesar de controlado, ainda não há cura contra o vírus HPV, o acompanhamento deve ser feito de forma sistemática.

5. Prevenção:

  • Usar preservativo em todas as relações sexuais, mesmo não sendo 100% eficaz já que a camisinha não cobre toda a região genital;
  • Manter um parceiro fixo ou diminuir o número deles;
  • Manter uma boa higiene pessoal;
  • Visitar regularmente seu ginecologista para fazer todos os exames de prevenção;
  • Vacina; são três doses, cada uma no valor de R$ 400,00, e com 95% de eficácia.

6. Vídeo explicando a doença:

7. O caso do Homem – árvore:

Dede, um pescador da Indonésia de 35 anos tem o corpo recoberto de uma espessa “casca” e bizarras “raízes” crescem em seus membros!
Tudo começou quando Dede cortou o joelho na adolescência. Um pequeno ponto protuberante surgiu ao redor da ferida e dias depois eram vários. Os dias se passaram e tornaram-se anos. Os pontos espalharam-se e continuaram a crescer e se espalhar.
A esperança surgiu para Dede quando um médico expert em dermatologia viu o “homem árvore” num documentário do Discovery Channel. O médico se interessou na hora pelo caso e voou para Jacarta. Após estudar o caso bizarro, o médico descobriu o que Dede tinha e propôs um tratamento que transformaria a sua vida.
Testando amostras em uma biópsia feita com amostras do tecido e do sangue de Dede, Dr Anthony Gaspari da Universidade de Maryland concluiu que o “homem árvore” era na verdade um caso gravíssimo de Papilloma Virus (HPV),uma doença relativamente comum que aflige alguns humanos gerando verrugas e causando sofrimento. Mas o caso de Dede era extremo.
Isso porque ele além do papiloma, tinha uma rara condição genética (lei de murphy, né?) que impedia que o sistema imunológico combatesse as verrugas.
O médico propôs como tratamento doses de vitamina A sintética como forma de combater o crescimento das verrugas.
O Dr. Gaspary acredita que o pobre Dede nunca será uma pessoa normal, dada a gravidade do caso, mas que com o avanço do tratamento, em alguns anos ele poderá até usar novamente as mãos.

http://www.mundogump.com.br/conheca-o-bizarro-homem-arvore/

Discutindo sobre o vídeo


Embora o vídeo seja muito legal, existem erros, representações que não correspondem a realidade, como foi citado anteriormente, os vírus são parasitas celulares obrigatórios logo para se reproduzir e realizar a síntese de proteínas precisam de um meio propício, esse meio são as células, porém neste vídeo o que vemos são vários vírus entrando em uma célula e após sugá-la eles a deixam e ela morre, sem gerar novos vírus ou proteínas, causando uma falsa impressão de que os vírus se alimentam das células, mas eles não se alimentam, vai muito além disso, eles precisam das células para realizar TODAS as suas funções.

Vírus

1. Introdução

Os vírus são os únicos organismos acelulares da Terra atual, Simples e pequenos medem entre 10 a 300 nanômetros, são contituídos apenas por uma carapaça protéica ou capsídeo envolvendo uma molécula de ácido nucléico que pode ser DNA ou RNA, nunca os dois juntos, Os vírus de plantas contêm RNA, os vírus de animais, DNA ou RNA e os vírus de bactérias (bacteriófagos) DNA, comumente.
Vírus são parasitas intracelulares obrigatórios pois pela falta de hialoplasma e ribossomos não possuem metabolismo próprio, logo para executar seu ciclo de vida, os vírus precisam de um ambiente que tenha tais componentes, sendo o interior de uma célula, contendo ribossomos e outras substâncias necessárias para a síntese de proteínas dos vírus, permitindo que ocorra a multiplicação genética viral. Fora de uma célula viva, os vírus não tem nenhuma atividade, são inertes e podem até cristalizar-se, como os minerais. O material genético dos vírus pode sofrer mutações e gerar grandes variedades a partir de um único tipo desses seres, um exemplo são as dezenas de diferentes tipos de vírus da gripe humana, gerados por mutações. Sendo que essas mutações dificultam as ações dos anti-virais, devido esses serem específicos a cada tipo de vírus.

Célula infectada por vírus

2. Estrutura dos vírus

• O Capsídio é o envoltório dos vírus, é formado pelos capsômeros, unidades estruturais simétricas dispostas em ordem determinada. Além de proteger o ácido nucléico viral, o capsídio tem a capacidade de se combinar quimicamente com substâncias presentes na superfície das células, o que permite ao vírus reconhecer e atacar o tipo de célula adequado a hospedá-lo. Alguns vírus podem, ainda, apresentar um envoltório lipídico, proveniente da membrana da célula onde se originaram.
• O capsídeo mais o ácido nucléico contitui o que chamamos de nucleocapsídeo.
• O vírion – A partícula viral, quando fora da célula hospedeira, é genéricamente denominada vírion. Cada espécie de vírus aparesenta vírions de formato característico.
• Outra estrutura importante dos vírus são os envelópes sua formação ocorre da seguinte maneira: A maioria das viroses penetram nas membranas dos animais por um processo chamado endocitose, ocorre uma invaginação da membrana que “engole” o vírus, a membrana, então,”cospe” o vírus envelopado por um pedaço da membrana plasmática, resultando em uma vesícula, que funde com os endosomas citoplasmáticos (outro tipo de vesículas) e, então, com os lisossomos, uma das organelas celulares, estes são vesículas ricas em enzimas. A membrana que envolve o vírus se funde com os lisossomos e libera o vírus no citoplasma.


3. Bacteriógafos

Existem vírus que são parasitas apenas de bactérias, como é o caso dos Bacteriófagos, Estes estão relacionados ao Ciclo lítico e lisogênico: Ao adotar o comportamento destruidor, um vírus executa o ciclo lítico, neste ciclo o vírus insere o seu material genético na bactéria, onde as funções normais desta são interrompidas pela presença de ácido nucléico do vírus (DNA ou RNA). Esse, ao mesmo tempo em que é replicado, comanda a síntese das proteínas que comporão o capsídeo. Os capsídeos organizam-se e envolvem as moléculas de ácido nucléico. São produzidos, então novos vírus. Ocorre a lise, ou seja, a célula infectada rompe-se e os novos bacteriófagos são liberados. Nesse ciclo, os vírus utilizam o equipamento bioquímico (Ribossomo) da célula para fabricar sua proteína (Capsideo). No ciclo lisogênico, o material genético viral incorpora-se ao DNA da célula, Uma vez infectada, a célula continua suas operações normais, como reprodução e ciclo celular. Durante o processo de divisão celular, o material genético da célula, juntamente com o material genético do vírus que foi incorporado, sofrem duplicação e em seguida são divididos equitativamente entre as células-filhas. Assim, uma vez infectada, uma célula começará a transmitir o vírus sempre que passar por mitose e todas as células estarão infectadas também. Sabe-se, hoje, que muitos vírus parasitas do homem, entre eles os causadores de câncer, herpes e AIDS possuem esse comportamento. curiosidade: Vírus que fazem tanto o ciclo lítico como o lisogênico são chamados de temperados, um exemplo são o influenza (vírus da gripe), que apresenta ciclo lítico, e o retrovírus, que podem apresentar ciclo lisogênico.

4. Doenças causadas por vírus

4.1 Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida)

É  uma doença do sistema imunitário causada pelo retrovírus HIV, este é chamado de retrovírus por ser um vírus de RNA capaz de efetuar a transcrição reversa, ou seja, produzir DNA a partir de seu próprio RNA. A AIDS se caracteriza por astenia, perda de peso acentuadas e por uma drástica diminuição no número de linfócitos T auxiliadores (CD4), justamente as células que ativam os outros linfócitos que formam o exército de defesa do corpo. O organismo da pessoa que possui o vírus HIV torna-se incapaz de produzir anticorpos em resposta aos antígenos mais comuns que nele penetram, Desenvolvem-se doenças oportunistas, que se instalam com facilidade em um organismo debilitado, a pneumonia é detectada em cerca de 57% dos casos, a toxoplasmose, a criptococose, etc. As principais causas da morte são infecções banais, contra as quais o organismo debilitado não consegue reagir. A transmissão se da através de sêmen de portadores, de sangue e seringas contaminados, por meio do leite materno e através da placenta da mãe portadora que pode contaminar o filho, Como não há cura para a doença, seu combate deve ser feito através de medidas preventivas, tais como o uso de preservativos (camisinhas), cuidado na escolha do parceiro sexual que deve passar por uma série de exames, o controle de qualidade do sangue usado em transfusões e o emprego de seringas e agulhas descartáveis, O tratamento da AIDS é feito com substâncias antiretrovirais, presentes nos “coquetéis” administrados a pacientes afetados. Dentre essas substâncias, destacam-se a que inibe a ação da enzima transcriptase reversa e a que bloqueia a atuação da enzima protease.

 

HIV atacando leucócito

4.2 Dengue:

A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus da família Flaviridae e é transmitida, no Brasil, através do mosquito Aedes aegypti, também infectado pelo vírus. Geralmente, os sintomas da dengue iniciam de uma hora para outra e duram entre 5 a 7 dias. A pessoa infectada tem febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjôos, vômitos, manchas vermelhas na pele, dor abdominal (principalmente em crianças), entre outros sintomas, os sintomas da Dengue Clássica duram até uma semana. Após este período, a pessoa pode continuar sentindo cansaço e indisposição, se a dengue for hemorrágica surgem hemorragias nasais, gengivais, urinárias, gastrointestinais ou uterinas, assim que os sintomas de febre acabam a pressão arterial do doente cai, o que pode gerar tontura, queda e choque. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte, para prever a dengue é necessário o controle dos insetos transmissores, ja que não existem medicamentos que combatam a contaminação, manter recipientes, como caixas d’água, barris, tambores tanques e cisternas, devidamente fechados, e não deixar água parada em locais como: vidros, potes, pratos e vasos de plantas etc. O tratamento da dengue requer bastante repouso e a ingestão de muito líquido, como água, sucos naturais ou chá. No tratamento, também são usados medicamentos anti-térmicos que devem recomendados por um médico.

5. Conceitos Importantes sobre doenças infecsiosas:

Agente etiológico: é a denominação dada ao agente causador de uma doença, Transmissão: Agentes de doença podem ser transferidos por contato direto através de ações como lamber, esfregar, morder,  coito, pelo ar; O contato indireto via vetores ou vômitos também permite a transmissão de agentes de doença, O termo vetor é algumas vezes usado num sentido brando, significando qualquer coisa que permite o transporte e/ou a transmissão de patógenos. hospedeiro é um organismo que abriga outro em seu interior ou o carrega sobre si, seja este um parasita, um comensal ou um mutualista. A palavra deriva do latím hospitator, significando visita, hóspede. Exemplos de tansmissões: Transmissão direta: rubéola, sarampo, gripe, catapora.  Transmissão indireta via alimentos e agua: cólera, leptospirose. Transmissão por vetores: dengue, malária, chagas, febre amarela.
Endemia, Epidemia e Pandemia:
endemia é qualquer doença que ocorre apenas em um determinado local ou região, não atingindo nem se espalhando para outras comunidades como a Febre amarela na Amazônia, ja a epidemia é uma doença infecciosa e transmissível que ocorre numa comunidade ou região e pode se espalhar rapidamente entre as pessoas de outras regiões, originando um surto epidêmico como a gripe aviária. A pandemia é uma epidemia que atinge grandes proporções, podendo se espalhar por um ou mais continentes ou por todo o mundo, causando inúmeras mortes ou destruindo cidades e regiões inteiras, como a AIDS.

6. Humor